Quinta da Garrida Dão TT 2008

Este vinho foi eleito pela revista Americana "Wine Spectator" como o melhor da semana, em termos de relação preço/qualidade. Feito de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Jaen, denota uma cor bastante carregada, intensa e escura. Nos aromas torna-se bastante agradável e elegante, mostrando inicialmente bastante fruto preto, chocolate também negro e alguns aromas latico. Café e especiarias iam surgindo á medida que o vinho ia respirando, depois algum fumo e de tosta. O vinho passou por varias fases ao longo da sua abertura e isso impressionou-me para um vinho desta gama. Mas foi na boca que não me impressionou tanto, faltando alguma estrutura. Um vinho é algo delgado e termina com travo amargo e algo enjoativo. Pareceu-me um dão diferente, mais internacional, mas a revelar algum verdadeiro sentido de colagem á região do Dão....existe algo do dão. Talvez aquele aroma de bosque, terroso... Notei uns aromas bastante gulosos e doces....de rebuçado de menta. O final é médio e ligeiramente enjoativo. Mesmo assim é uma bela aposta e se bem acompanhado pela refeição poderá dar outro animo, pelo que penso que acompanhará bem carnes de ave, queijos amanteigados leves, não muito fortes, uma mistura de queijo de cabra e vaca.
Nota Pessoal: 15,5 valores Preço: 3,29€
Prova Régia Premium Arinto 2010
Este já andava atrás dele há algum tempo, gosto do seu irmão mais "barato", menos premium, mas igualmente bem feito. Mas este irmão é mais elegante, mais contido nos aromas, com uma expressividade mais aguçada e elegante. Fruta citrina de bela qualidade, toranja com uma acidez vibrante e crocante mas ainda assim, pronta a consumir e de certa forma madura. Tem um leve resinoso e um algum mel a aparecer por cima destes aromas mais vibrantes a dar um toque de elegancia e harmonia ao conjunto.Belos aromas florais a lembrar flor de laranjeira. Na boca a acidez é vibrante e especiada e de certa forma envolvente na boca, deixando um final prolongado e novamente crocante.Na boca fez-me lembrar a acidez de um loureiro, mas no nariz tem um nicho especial e original. Para quem quiser provar uma casta bastante vibrante e com acidez no ponto este é o arinto perfeito e a parada fica bem alta para os proximos. Perfeito para acompanhar um arroz de marisco, ou um qualquer peixe grelhado desde que não muito gordo.
Preço:3,99€ no El Corte Ingles Nota de prova: 16 valores
Raposeira Espumante Super Reserva Bruto 2005
Cor citrina, com uma bolha cheia de vida no copo, espuma elegante e viva. Aromas ligeiramente fechados inicialmente, demonstrando frutos secos e bolo de noz. Ligeiros aromas velhos de cave a despontar em notas suaves e delicadas(como se o velho pudesse ser delicado), mas a verdade é que fica tão bem...dá uma certa nostalgia ao espumante Na boca é fino com uma bolha picante e crocante. Final prolongado e com acidez q.b. Pelo preço este é um espumante a ter em conta para a época natalícia. Muito bom. Acompanhou na perfeição um bolo de chocolate de amêndoa...Este espumante com um prato de carne, tipo arroz de pato não deve ir nada mal...
Nota de Prova: 16,5 valores
Periquita Tinto 2009
O rotulo deste vinho é intemporal e marcante(oxalá nunca o mudem...apenas sofreu um restyling)e a verdade é que este voltou aos velhos tempos, de excelente qualidade. Notas de compota de morango, algum melaço a dar uma certa elegância a este vinho e mais...a dar uma certa viscosidade ao vinho e isso a notar-se nas paredes do copo onde as lágrimas descrevem uma bela descida(de rapel...bem devagarinho:)), a doçura a marcar este vinho associada a algumas notas de folhas verdes. No final e após a evolução desta doçura, começam a fazer-se surgir algum aroma algo amargo. Na boca revela uns taninos bastante sedosos e afinados que juntamente com a doçura(aqui novamente) e alguma acidez perfazem um vinho bastante harmonioso. Final medio e com ligeiro travo amargo...mas este amargo é bom...Corpo não muito cheio, é mais elegante e delgado...um belo vinho francês... Este vinho é também ele bastante gastronómico, acompanhando também peixes mais gordos....e saladas mediterrânicas. Perfeito vinho para beber e confraternizar com um grupo de amigos..
Nota de Prova: 15,5
Cor rubi com anel em tons violeta, ainda jovem na cor apesar do estágio em barricas. Na primeira meia hora apresentou-se em tons verdes, de arbusto, frutos silvestres e caroço de fruto verde. Na boca taninos ainda verdes e ligeiramente adstrigente, eriçando ainda um bocado a superfície da língua. Após a primeira meia hora, surgem aromas mais maduros, frutos negros, tipo amora e florais "rosas". Surge a compota de amora e por cima destes aromas de fruto e floral surge em maior escala o cacau a animar o conjunto. A madeira também aparece em tons tímidos
com o intuito apenas de amaciar os taninos e tornar o vinho elegante. Chegando a 1 hora após a abertura da garrafa surge ainda aromas resinosos e de tabaco a sobrepor os aromas anteriormente descritos. Fantástica a complexidade do vinho, durante 1 hora o vinho foi-se transformando e parecia que no final provei 3 vinhos diferentes, isto demonstra a estrutura e complexidade de um vinho. Verde, depois maduro e finalmente aromas fumados. Muito bem.... Na boca o vinho é sedoso, taninos redondos, e final elegante e sumarento. Bela acidez a dar elegância e frescura ao vinho.... Este touriga não é como os do Alentejo, este não é robusto e cheio, é mais fino e com uma estrutura menos robusta e bastante mineral. Penso que ainda aguenta mais um tempito em garrafa mas está pronto a beber já se assim quiserem. Porta dos Cavaleiros Reserva Touriga Nacional 2008 (Tinto) Caves São João Castas: Touriga Nacional Álcool: 13% Preço: 5,90€ (Pingo Doce) Nota pessoal: 16,5 valores

Prova de Vinhos Niepoort


O quê: Prova de Vinhos Niepoort
Onde: Wine o'clock

Vinhos provados:
Brancos:
Dialogo é uma novidade desta casa sendo a 1ª vez que o lançam no mercado, o tinto já existe;
Tiara
Redoma
Redoma Reserva, curiosamente este vinho é feito exactamente igual ao redoma sem ser reserva, apenas é escolhido o melhor vinho de uma determinada barrica após as provas feitas pelo enólogo. Acho que neste momento o melhor a beber já é o Redoma , já o Reserva tenho a certeza que vai melhorar com o tempo.


Tintos:
Dialogo
Redoma
Charme
Vertente, simplesmente adorei este vinho é de uma frescura enorme e bastante terroso, mineral, acidez q.b. e muito arbusto.
Batuta
Robustus

Rosé:
Dialogo, não me vou pronunciar muito com este vinho porque tal como disse o enólogo Luís Seabra ou se gosta ou se detesta, obrigado Sr. Seabra eu vou então pela 2ª hipótese, peço desculpa:)

Portos:
Niepoort LBV 2007, adorei este vinho bastante fruta preta, notas de chocolate e bastante apimentado com uma doçura muito elegante a segurar o conjunto, com um bela acidez, ou seja, acidez e doçura ingredientes perfeitos para um vinho envelhecer e abrir daqui a uns anos sem o problema de perder qualidade.

Niepoort BIOMA 2008 Vinha Velha

Niepoort Vintage 2009, claramente um vintage de topo, muito bem conseguido e é um vintage que se bebe já sem problemas ou podemos esperar mais uns anos.
O vintage hoje em dia no meu entender não parece feito tanto para envelhecer mas mais para beber já.

Não me quis alongar muito na analise e descrição dos vinhos da Niepoort até porque alguns mereciam esperar um tempito para se mostrar no copo, visto que os aromas estavam bastante fechados, mas uma coisa se retirou da prova, é que sao vinhos de uma frescura enorme e de uma mineralidade surpreendente, associada a acidez com aromas tipicamente verdes, de arbustos, isto conseguido com o desengace mais prolongado e segundo percebi mesmo durante a pisa feita a pé o engaço mantêm-se parcialmente, aparentemente uma técnica que a Niepoort gosta de colocar nos seus vinhos, ao contrario de muitos enólogos do Douro.
A Niepoort também optou por não fazer agitar as borras que ficam no fundo da barrica, no chamado processo de battonage, ou seja, apenas decidiram mantê-las no fundo, não querendo com isto criar vinhos muito gordos e estruturados, mas antes um perfil mais fino e elegante, mineral.

Saes Tinto 2009



Elaborado a partir das castas tradicionais da região, Tinta Roriz, Jaen, Alfrocheiro e Touriga Nacional.
Este é um vinho marcadamente do Dão, nota-se nas notas elegantes de chocolate, amora, sulfuroso, com uma belo toque resinoso a envolver o conjunto e a deixar maravilhado o nariz de quem o cheira. Tem ligeiro aroma a frutos secos do tipo passas, tostado....e mais uma vez chocolate, este foi aroma que mais sobressaiu juntamente com o sulfuroso.
Quando falo sulfuroso, digo enxofre, mas isto não é necessariamente mau, porque não existe em quantidades que possam provocar algum tipo de problemas de mau estar.
Na boca é guloso, apesar dos taninos serem pouco explosivos...mais regrados mas é excelente na mesma, com um bom final, deixando a boca com um ligeiro adocicado.
Falta um pouco de tanino e acidez.

Posso afirmar pessoalmente, que este é o vinho com melhor relação preço/qualidade do mercado. É um um belo Dão e por 2,99 é uma verdadeira pechincha...adoro e gosto sempre que posso, de voltar a ele porque nunca me deixa ficar mal de colheita para colheita.
Acompanha na minha percepção muito bem massas, risotto, comidas menos fortes, visto que também não tem corpo para aguentar molhos fortes. Apostava também numa sobremesa baseada em queijos de pasta mole mas não demasiado fortes.
Já agora outro belo acompanhamento, seria um jazz com Charlie Haden Quartet West, e recomendo a First Song.


Nota Pessoal:16 valores ,e atenção que não dou 16 por causa da relação preço qualidade, dou 16 porque tem qualidade.

Essência do Vinho 2011


O panorama vinícola nacional está em alta e a comprovar estão os números oficiais da essência do vinho 2011. È provavelmente o maior evento de vinhos nacional e com maior projecção internacional.
Como amante de vinhos devo dizer que estavam lá quase todos os grandes produtores nacionais, e realço este ano a introdução de uma casa com produção essencialmente ou na totalidade de vinhos verdes, inclusive o vinho verde Afros, vinho que saltou nas bocas do mundo quando integrou a lista de vinhos para este verão pela conceituadissima Jancis Robinson.
Tenho tendência a achar que a abertura dos produtores/comerciais nestes eventos deveria ser mais aberta ao publico que tem imensas perguntas a fazer(sejam elas mas ou boas, eles estão lá para nos elucidar e vender um produto), e o que se passa é que eles parecem muito pouco dispostos a discutir o que quer que seja com os que por lá andam a não ser que seja uma conversa com outros da mesma área.
Saltando esta parte gostaria de ressalvar a simplicidade e humildade na apresentação dos vinhos de uma casa que recebeu inúmeros prémios com os seus vinhos verdes inclusive o prémio mencionado atrás por Jancis Robinson, a casa Afros-Wine.
Adorei o espumante feito apartir de vinho verde tinto da casta Vinhão, absolutamente maravilhoso, perfeito para acompanhar uma refeição em pleno verão.
O rei da festa no que toca a vinhos foi sem duvida o o Quinta de Vale Meão 2008, memorável, já um clássico nacional e internacional. O touriga nacional da quinta do Vallado também é qualquer coisa de extraordinário.
No sabado estavam demasiadas pessoas no palacio tornando quase impossivel aceder aos stands das quintas que se encontravam no piso superior, dificultando as provas a quem lá estava como eu.
Apesar de tudo foi um evento muito bem organizado, com tudo, até a Nespresso lá se encontrava para oferecer uns bons cafés, e havia também garrafas de agua com gás para quem se sentisse mais mal-disposto, naturalmente tanto vinho disponível(quase grátis) pode levar a isso.

Até 2012!

Duque de Viseu 2008


Hoje venho-vos falar de um vinho que já tem provas dadas no universo vinico portugues.

Vem de uma das melhores produtoras de vinhos nacionais, Sogrape, e de uma das regiões vinicolas mais atraentes no nosso país, Dão.
Castas: Touriga Nacional e Tinta Roriz

É um vinho feita apartir de 2 das castas mais nobres do país.

Cor: Vermelha rubi

Aromas: Revela-se com aromas tipicos das castas referidas acima, morangos e framboesas, englobando por um aroma floral bastante agradável, cheira a primavera e com a primavera á porta este vinho torna-se convidativo. È um vinho bastante elegante tanto nos aromas como na boca, revelando-se bem complexo e com taninos maduros, ou seja, por esta descrição este vinho encontra-se perfeito para beber já.

Boca: Revela-se com uma bela entrada, elegante e de taninos suaves, cheio e estruturado, revelando um final bastante agradavel.

Este vinho é muito bem feito e acompanha na perfeição qualquer prato, é bastante gastronómico, eu posso aconselhar inclusive um prato italiano a acompanhar, tipo pizza.

Nota: 16 valores.
Onde pode encontrar: Em qualquer prateleira de supermercado, por exemplo Pingo Doce por cerca de 3,99€.

Quinta da Alorna Reserva Tinto 2008


Cumprimentos a todos!!!Espero que o ano esteja dentro do possível e tendo em conta a situação, a iniciar bem e sempre com apetite voraz para as noticias enofilas.

Bem este fim de semana tive uma bela companhia ao almoço, a visita de um grande amigo, e claro o almoço correu bem e deu para desligar um pouco dos problemas normais e do facto de estar longe da familia, foi como se um pequeno almoço familiar:)

O vinho que vos falo vem de uma quinta do qual eu admiro bastante e considero um excelente projecto encabeçado por um dos grandes enologos que este país tem...nada mais nada menos do Nuno Cancela de Abreu(mas que a esta data ja abandonou a Quinta da Alorna para encabeçar um projecto no Dão).
O Quinta da Alorna Reserva Tinto 2008, é um vinho complexo pelo tempo que passou na barrica, daí neste almoço ter errado um bocadito ao não colocar o mesmo num decanter, porque merece sem duvida. Os aromas estavam bastante fechados, o sabor a madeira fechava o conjunto sem que me apercebesse de outros aromas a nao ser de frutos vermelhos intensos.
Na boca é saiu bastante fechado tambem e carregado com aroma de madeira, mas era suave e carregado nos taninos, cheio e volumoso. O final era curto.

Por vezes nos tambem erramos na maneira como tratamos o vinho antes de um almoço, porque tal como o enologo e o viticultor têm cuidados especiais com os seus vinhos e uvas, nos consumidores tambem devemos ter esse cuidado porque de outra forma os vinhos podem parecer-nos apenas razoaveis.
Neste momento nao vou atribuir nota, hei-de comprar uma nova garrafa e dar-lhe o cuidado que merece.
Em todo o caso este vinho neste momento encontra-se a menos de 5€ no Pingo Doce, na sua feira de vinhos.

Tons de Duorum 2009


Antes de iniciar este texto a falar sobre o vinho que vos trago hoje, vou-vos falar do projecto e da/s pessoa/s por tras do mesmo.
Com quase três décadas como enólogo, José Maria Soares Franco, com perto de 50 anos, estagiou na Estação Vitivinícola Nacional – tendo como companheiro, curiosamente, João Portugal Ramos, que conhecia por razões familiares desde pequeno. Ingressou depois na Ferreirinha, tendo passado a fazer parte dos quadros da Sogrape quando este grupo adquiriu aquela empresa em 1987. E foi na Sogrape que ‘se fez’ como um dos enólogos mais importantes do sector dos vinhos – e não apenas do nacional. A responsabilidade de lançar no mercado a poderosa marca Barca Velha, considerado por muitos o melhor vinho do país, conferiu-lhe a aura que se guarda para os alquimistas. É destes 2 enologos que surge este novo projecto e mais especificamente deste Douro "Tons de Duorum".

A garrafa está bonita, apelativa, porque no final de contas o rotulo deve transmitir uma mensagem sobre o vinho,historia da terra,deve apelar á imaginação das pessoas.
Este vinho tem uma bela cor, vermelho rubi intenso, e nas paredes do copo desliza com elegancia, nao muito normal num vinho novo, mas que tem uma pequena passagem por barricas de carvalho.

No nariz tem aromas intensos, fruta madura do tipo framboesa,amora envolto numa suavidade vegetal que nos faz lembrar os aromas quando entramos numa adega, ligeira madeira e englobar o conjunto sem se mostrar demasiado, tipicamente este é um vinho que apela no nariz a aromas mais rusticos e vinhos mais tradicionais mas na boca apela muito ao estilo moderno, vinhos explosivos e frescos na boca.
Este vinho na boca é muito saboroso, e carregado de taninos em boa forma.

Final elegante e duradouro, que fica na boca passado algum tempo ainda e deixa-nos com a ideia que ainda o temos na boca, sumarento.

Pessoalmente gosto deste genero de vinhos, carregados nos aromas e intensos e com final sumarento, apela a pratos fortes e a um belo queijo da serra.Penso que acompanha excelentemente um queijo amanteigado, perfeita combinação.

Sugestoes:
Queijo da serra amanteigado num final de tarde com um grupo de amigos a ouvir o artista Ray Lamontagne e a dar 2 de treta.
Quanto ao artista Ray LaMontagne sugiro a musica Jolene.

Nota Pessoal: 16

Blandy's verdelho 5 anos



Os Blandys são notáveis sendo a única família de todas as fundadoras originais do negócio do vinho Madeira que continuam a ser proprietários e gestores da empresa de vinho original; 2 séculos de produção de vinho de alta qualidade. A família tem tido um papel principal no desenvolvimento do vinho Madeira perdurando durante uma longa história os membros da família continuam a viver na ilha, mantendo uma tradição que remonta a 1811. Michael e Chris são a 6ª e 7ª geração a trabalhar no negócio.

Nos anos de 1980, os Blandys abordaram os Symingtons que trouxeram uma extensa rede de distribuição global e uma método abrangente de qualidade para alem de uma experiência de vinificação valiosa conquistada através de longos anos como protagonistas na industria do vinho do Porto.("excerto tirado do site http://www.blandy.com/pt/empresas/blandysmadeira.html").

Quanto ao vinho em si, um verdelho com 5 anos em casco de carvalho americano segundo o processo tradicional de ‘Canteiro’.Isto inclui um delicado aquecimento do vinho no sotão dos armazéns no Funchal. Ao longo dos anos o vinho vai sendo transferido dos pisos superiores aos pisos intermédios, e eventualmente para o piso ao nível do chão onde é mais fresco. Após esta ‘estufagem gradual’ o vinho é filtrado e clarificado, sendo depois engarrafado.
A sua cor é muito semelhante á de um moscatel com a mesma idade, dourado reluzente.
Na nariz é um vinho com boas notas ligeiramente caramelizadas, mel, frutos secos, englobados por uma ligeira brisa tropical.
Na boca tem boa acidez, com toque de citrinos e ligeiro mel como que a segurar a explosão de aromas, retendo-os sem que se tornem demasiado expressivos.
Tem final longo, com boa estrutura, boa acidez.
Saliente que claramente este vinho ganha bastante se tiver a uma temperatura de 12%, porque de outro modo torna-se demasiado alcoolico, como aguardente.

Nota de prova: 15,5.

Conde de Palma Reserva 2006



Olá a todos enófilos deste mundo!

Bem hoje trago-vos um vinho de uma herdade com cartas dadas e com qual os vinhos me identifico.Boas estruturas, carregados de aromas e taninos bem polidos com muito sumo e finais excelentes, sumarentos.
Mas falando mais exactamente do vinho que vos trago eis a minha nota de Prova.

Os primeiros aromas são timidos, fechados, que depois se transformam em tudo verde, milho verde, cana verde, muito verde, com ligeiras notas amentoladas, mas sem madeira a englobar e amaciar o conjunto, penso que a este vinho faz falta madeira, notas tostadas. Este vinho nao deverá claramente ser bebido enquanto jovem, pode aguardar uns anitos, mas sem certeza de que isso possa ajudar, eu gosto de pensar que sim. Na boca os taninos tao pouco limados ainda, nao demasiado agressivos, mas ainda explosivos, verdes.
Final é bom e de certa forma elegante, com notas sumarentas.

Nota de Prova: 15,5

Moscatel do Douro Favaios Colheita 1989



A história de Favaios perde-se no tempo. O seu nome provém de "Flávius", antiga povoação romana, que pertencia à terra de Panoías. E o seu desenvolvimento acompanhou as Dinastias.
É nessa Vila desde 1952, na Região Demarcada do Douro, que a Adega Cooperativa de Favaios se tornou uma das maiores e mais reconhecidas do país em particular pela qualidade inconfundível do seu Aperitivo e Moscatel de Favaios.
Numa visita a esta adega o ano passado, num passeio familiar, vindos de Braga tinhamos uma passagem programada na adega e foi lá que adquiri este Favaios Colheita 1989.
A sua cor faz lembrar a de um tawny envelhecido, com ligeira cor âmbar fruto do seu estágio em tonéis de castanho e barricas de carvalho.
Tem aromas untuosos, de resina, e frutos secos com toques de citrinos. Nas paredes do copo denota-se um bom corpo e densidade. Na boca tem boa acidez es.e o seu sabor prolonga-se.
É um belo moscatel de entrada para quem nao conhece os seus sabores.
Na adega este moscatel custou apenas 10€ pelo que foi uma boa compra.

Nota Pessoal: 16 valores
Castas: 100% Moscatel Galego