Chaminé tinto 2007

O vinho que vos falo a seguir vem-nos de um produtor bastante reputado no panorama vitivinicola, Cortes de Cima. A Cortes de Cima é uma propriedade familiar de 35 hectares de vinha, localizada na Vidigueira no Alentejo. O seu símbolo, uma talha, representa uma homenagem aos romanos que usavam a talha para fermentação e armazenagem do vinho, um costume ainda hoje mantido. Os olivais antigos, compartilham o terreno com limoeiros, vinhas e ruínas romanas. Aqui César impôs a sua Pax Júlia. Aqui Vasco da Gama foi elevado a Conde em 1519 ao regressar das suas viagens de Descobertas.


O Chaminé 2007 tem uma belissima cor rubi carregada, revela aromas a cereja, ameixa,frutos silvestres e especiarias, assim como caroço verde, aina parece aguentar um pouco mais em garrafa. Médio de corpo. No paladar, sente-se alguma doçura, do tipo cacau, assim como um leve apimentado a dar uma frescura intensa ao conjunto. Os taninos presentes fornecem ao vinho um equilíbrio e uma bela estrutura. Este vinho tem uma fruta exótica, pouco normal num vinho portugues...Não o beba á temperatura normal, de cerca de 17 graus, este precisa de estar mais fresco cerca de 13,14 graus..se nao torna-se muitopesado e alcoolico...

Nota pessoal -> 15,5/16 valores

Preço -> 6 €

Conde D' Ervideira reserva branco 2004


Bem, mais um vinho alentejano do mesmo ano que o anterior, mas desta feita branco, e que belo branco.

Este Conde D'Ervideira tem arrecadado alguns prémios, e ao provar este branco percebe-se porquê. Mas que belo branco para o preço praticado, no meu caso comprei-o pela revista dos vinhos, mas o seu preço deve rondar os 8 euros.

Tem excelentes notas de frutos tropicais, mas que fruta elegante e pronta a comer,"beber" neste caso. A embalar esta fruta está uma bela baunilha, cremosa e sedosa, a fazer lembrar uns acordes misteriosos e complexos dos King Crimson, espero que conheçam este grupo musical, se nao aproventem para beber esta garrafa ao som da Matte Kudasai do album Discipline deste grupo. Parece uma brisa de felicidade que nos atinge, tanto a musica como o vinho, tal é o saber imposto pelos dois nas suas obras.Voltando ao vinho, apresenta umas tostas com uma manteiga cremosa e deliciosa, assim como um queijinho da serra. Passado uns minutos aparece um belisimo vegetal quase que a pedir licença para entrar. Praticamente não existem notas soltas neste reserva, está muito bem feito.
O seu final é interminavel e guloso, cheio de suavidade e cremosidade, até faz com que a saliva nos salte á boca quando acabamos de o beber. Taninos excelentes.

Está no ponto para ser bebido, não ganha mais com a espera.
Nota pessoal -> 16,5 valores

Alabastro Reserva 2004


Este Reserva tinto de 2004, esse ano quente e emorável para nós portugueses, sim memoravel porque nao interessou no fim termos perdido perante a Grécia, mas sim o ambiente que rodeou este campeonato.

Quanto aos vinhos tambem saíam quentes e cheios de alcool, como este que vos falo a seguir.

Tem uma cor rubi, com a espuma a cair no copo com uma cor carregada. Apresenta aromas maduros, de ameixa e cereja, assim como framboesa. Tem uma boa baunilha a amaciar e envolver o conjunto dos aromas, fruto do estágio em barrica de carvalho. Na boca é sedoso e volumoso com taninos poderosos, este não enganava ninguém, é um puro Alentejano, cheio de raça. É ligeiramente apimentado e apresenta notas de chocolate e menta. Só apresenta uma nota solta, o excesso de alcool que apresenta. Devido á maturação evidente das uvas fruto do verão quente, tornu-se provavelmente um vinho forte, a necessitar de um belo naco de carne a acompanhar. Tem um final persistente e apimentado.
Este vinho provém de uma das mehores casas de portugal a fazer vinho, as Caves Aliança.
Nota Pessoal -> 16 valores

Preço -> cerca de 6 euros no intermarché.

Lisa 2006 Branco


O vinho que vos falo hoje provem de uma quinta lá para a belissima zona de terras do Sado, de umas vinhas situadas nas encostas da Serra da Arrabida. A quinta é de Catralvos de onde tem surgido vinhos que têm arrecadado alguns prémios, tanto em portugal como no estrangeiro .


Castas -> 100% Moscatel.

Vinificação -> Maceração pelicular seguida de fermentação a baixa temperatura.


Este vinho surge-nos om uma cor palha-dourado, boa limpidez. Depois de mexer o copo, num movimento que todos os enófilos conhecem, coeção por nos surgir aromas tropicais e florais bastante elegantes, assim um certo adocicado, talvez rebuçado. Mais tarde, já talvez no 2º ou 3ºcopo, começa por surgir aromas vegetais, a fazer lembrar tambem umas papas de sarrabulho, a ficar cada vez mais intenso.

Já na boca este vinho não é tao apetecivel, tendo perdido os pontos nessa area. Tem falta de acidez, é suave e elegante mas perde por nao oferecer vivacidade..O final é adocicado.Fácil de agradar para quem não está habituado a beber diariamente.

Nota Pessoal -> 14,5
Preço -> 2,39 no continente

P,S: Acompanha bem umas massas ou saladas, agora que chega o verão.

Quinta do Castelinho LBV 1996

Breve História da Castelinho Vinhos, S.A:

-> A criação do Entreposto do Douro em 1986, veio possibilitar o envelhecimento e exportação directa a partir da Região Demarcada do Douro, até então só possível através do Entreposto de Vila Nova de Gaia e a Castelinho passou a apostar na criação de marcas próprias. Alguns anos mais tarde torna-se num dos primeiros produtores a exportar directamente Vinho do Porto a partir da Região Demarcada do Douro e alcança um lugar de destaque na produção e comercialização de Vinho do Porto. Com a criação da Castelinho Vinhos, S.A. em 1990, iniciou-se uma verdadeira lógica empresarial de produção e comercialização de vinhos da Região Demarcada do Douro.


O Vinho que vos fao a seguir e provêm desta quinta, é o LBV 1996 engarrafado em 2001, e que obteve varias medalhas incusive a medalha de prata no:
Mundus Vini 2002 - Alemanha;
Concours International de Bruxelles - 2001;

Castas: Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca.

Côr -> tijolo, bastante escuro, retinto.


Nariz -> Importa salientar que deve quase que obrigatoriamente decantar este vinho, senão abra a garrafa 1 hora antes e coloque no copo 5 minutos a respirar...vai ganhar muito om isso.


Este vinho realmente é uma bela compra para o preço. Tem figos, morango, cerejas, chocolate e aromas florais, tudo em perfeita harmonia, depois surge notas de tabaco e madeira muito elegante a afinar o conjunto..Passado um pouco surge o aroma melado, como eu gosto de um porto com aromas melados...acompanha muito bem chocolate...
Boca -> è elegante e fino, taninos vivos mas bem domesticados, é guloso e volumoso e deixa um final muito agradavel e persistente.Harmonioso.Passado uns bons minutos o sabor ainda lá estava. Excelente acidez e está picante..muito bom.

Nota Pessoal -> 16,5
Preço -> 10€ no continente

Quinta da Alorna Branco 2007

Saudações a todos os enófilos.....

Hoje venho vos falar de um branco de uma casa que muito me fascina com os seus vinhos, elegantes, de topo e classe!!!

O quinta da alorna branco 2007 está aí nas prateleiras dos hipermercados, e que bem que ele está . Aproveitem para comprar uma garrafita, porque o preço tambem é convidativo...não excede os 3 euros.

Castas -> Arinto e Fernão Pires.

Vinificação -> As uvas de vindima manual são prensadas e o mosto defecado fermenta em cubas a 15ºC. Após o lote final, o vinho foi estabilizado pelo frio e clarificado antes do engarrafamento.

Apresenta uma côr brilhante, verde-agua. Os aromas vão desde os citrinos, á elegancia de frutos tropicais como a manga, ananas, ligeiro aroma vegetal a embrulhar o conjunto, palha seca a esconder-se por detrás dos vários aromas, denota-se uma elegancia fora do normal num vinho desta categoria...Na boca é cheio de vida, acidez muito boa, e um belo amanteigado a amaciar o conjunto e a deixar um belo final, guloso, preenche a boca com suavidade, sedoso e com volume...


É um belo vinho para acompanhar as massas e saladas frescas de verão...

Nota Pessoal -> 15 valores

Quinta do Portal reserva 2004


A Revista de Vinhos, após um ano inteiro a analisar e avaliar as várias empresas do sector vitivinícola, atribuiu o prémio de EMPRESA DO ANO 2007 à SOCIEDADE QUINTA DO PORTAL. É de lá que nos surge este reserva 2004.

Côr -> É sem duvida uma excelente aposta, este vinho é carregadissimo na cor, a denotar um ligeiro acastanhado, fruto do estagio em barrica...

Nariz -> Aparecem notas de framboesa, compota...marmelada...aromas pronunciados de frutos vermelhos finos e elegantes..Quimico floral a englobar o conjunto sem exageros...no sitio certo..

Boca -> na boca é cheio, volumoso...sedoso, e com taninos em excelente forma..este vinho ainda pode ganhar com a espera, mas neste momento está numa excelente forma..para acompanhar pratos gulosos, coelho selvagem, pato..tem um final muito elegante..marcado por ligeira adstrigência. Final ainda não é suficientemente elegante, precisa de uma certa acalmia..está um pouco irreverente, verde..

Nota Pessoal: 16 valores

Quinta de Cidrô rosé 2006

Fontes históricas relatam-nos que as primeiras vinhas plantadas na Quinta do Cidrô datam do início do Séc. XIX, altura em que, o estão proprietário, o Marquês de Soveral, mandou construir um imponente palácio.
Localizada na melhor área para a produção de vinhos de mesa no Douro, nomeadamente São João da Pesqueira, a Quinta do Cidrô foi transformada numa vinha modelo.As mais modernas técnicas de viticultura foram utilizadas para plantar apenas as melhores castas.
Este Rosé é produzido apartir de sangras efectuadas a cubas de Touriga Nacional do Cidrô. Quinta esta que pelas características ecológicas de S. João da Pesqueira, onde está localizada, há muito que estabeleceu credenciais no domínio dos vinhos Tintos.

Castas -> Touriga Nacional 100%
Côr -> rosa forte, carregado. Bela limpidez.

Nariz -> Aromas um pouc timidos, elegantes e muito suaves não havendo aqui exageros, mas se tivesse um pouco mais desses aromas não faria mal nenhum...Sugestões de morango,cereja e ameixa, enrolados em toques de rebuçado, com uma capa de aromas vegetais finos.

Boca -> è elegante e concentrado... e tem uma bela acidez....preenche a boca com os seus taninos aguerridos...e deixa um final picante e pujante....agradavel...a pedir comida não muito leve...acompanha bem carnes...talvez coelho...

Nota Pessoal -> 15 valores
Grau de Alcool -> 13,5%

Ninfa Tinto 2004

Vinho regional ribatejano feito de vinhas localizadas na encosta da Serra dos Candeeiros com a exposição a nascente.
A vindima foi feita em Setembro de 2004, manual para caixas de 15 Kg.
As uvas obtiveram arrefecimento, e a sua fermentação foi feita em lagar de inox a uma temperatura de 26ºC, após desengace total.

Côr -> Bonita cor meia acastanhada, a sugerir estágio em barricas mas o mesmo não é descrito na garrafa, com ligeirissimo centro opaco, quase nulo. Visto ser um vinho com quase 4 anos pode ter obtido a cor com o tempo em garrafa.
Nariz -> Frutos silvestres, subitamente aparecendo aromas humidos mais usuais nos lagars antigos. Tem caroço verde, sugerindo ser de manga, bastante forte. Aparecem aromas de geleia de framboesa.
Boca -> Bastante suave e guloso, com taninos um pouco adormecidos, é um vinho aveludado mas com falta de acidez, mesmo assim a proporcionar um final prolongado e guloso.Talvez o seu consumo nos 2 anos seguintes á sua vinificação proporcionassem um vinho de maior qualidade.

Nota Pessoal -> 15,5 valores
Preço -> 3,59 €

Ressuscitar para a enofilia

Bem meus amigos enofilos e audiofilos, estou de volta, espero eu para tentar voltar a escrever neste blog que já tantas saudades me dava...Realmente tenho andado distante mas sempre com a musica e o vinho presentes...torna-se necessário ganhar experiencia para não falar á sorte..
Por essa razão estou de volta com mais algo para dizer, com mais vocabulario das lides do vinho e da musica...Até breve...