Cabeça de Burro Branco 2006


Das Caves do Vale do Rodo aparece-nos este branco da colheita de 2006, de uma marca que nos tintos só lança o cabeça de burro em anos de excelência.Não tenho a certeza se nos brancos acontece a mesma coisa.

Feito a partir das castas Malvasia fina, Rabigato e Fernão Pires, localizadas nas zonas mais altas da Régua, Armamar e Tabuaço, e vinificadas com temperatura controlada (cerca de 12%).
Côr -> citrina, bastante brilhante.
Nariz -> Aromas delicados, fechados e com pouca concentração.Ressaltam citrinos,ligeiro tostado com manteiga, nada mais...muito fechado.
Boca -> Acidez boa, mas um pouco avinagrado na primeira abertura, já na segunda parecia mais delicado.
Nota Pessoal -> 14 valores
É um vinho que cumpre as suas obrigações e mais não surpreende...

Coroa D'ouro Colheita 1999


Vinho vinificado por Porto Poças.


Côr-> rubi intensa, com centro opaco.

Nariz -> Foi decantado meia-hora antes, a mostrar-se bastante fechado de aromas no inicio, aliás foi á segunda abertura, umas horas mais tarde que este vinho se mostrou.Bastante fruta madura do tipo pessego, framboesa, ligeira resina a englobar o conjunto, assim como aroma a bosque humido, imagine que se trata daquele aroma que se sente assim que se vai á procura do pinheiro de natal, aquele musgo molhado.Bastante baunilha. Assim como uma ligeira doçura a apadrinhar o conjunto e a tornar o vinho harmonioso e equilibrado.

Boca -> Bem este vinho é bem melhor no nariz do que na boca, mostrou-se um pouco chato, taninos ja velhotes e sem força, acidez ainda mais ou menos viva, final curto e sem vigor e um pouco avinagrado.Vinho sem grande corpo.Sem estrutura.

P.S: De salientar que este vinho recebeu o Premio Melhor Compra 2002 pela revista dos vinhos, mas provavelmente era nessa altura ou nos dois anos seguintes que esse vinho poderia mostrar a sua raça e o seu corpo, neste momento é um vinho desequilibrado.

Nota -> 14,5 valores.

Kopke tinto 2005


O Kopke deve deve o seu nome á Marca de Porto mais ancestral: Kopke.

Engarrafado por :

SOGEVINUS -Fine Wines, S.A.

Graduação -> 13,5%


Este vinho eu guardava alguma expectativa visto ter recebido nota 16 da revista dos vinhos, e também o eu já ter provado o 2003 e ter ficado muito agradado. Mas nem tudo são rosas, vamos lá dar uma palavrinha sobre este vinho.Com um novo rotulo em relação ao 2003, mais bonito mas só no exterior, porque no interior não se compara.
Côr -> rubi intensa.
Nariz -> Pouco complexo e a mostrar evolução. Começam a aparecer frutos maduros, caroço verde, aromas velhos e humidos a lembrar adegas antigas. A aparecer um ligeiro cacau e notas florais mas em quantidades pequenas.
Boca -> taninos agressivos a dar uma ligeira adstrigencia nas partes laterais da lingua, acidez mediana e um final muito pobre e com um sabor muito fraco, avinagrado e seco.

Nota Pessoal -> 14 valores

Aliança Galeria Branco 2001


Elaborado a partir de uvas da casta Bical, seleccionadas e vinificadas com grande rigor.
Vinificação-> Vinificação com maceração pelicular durante 12 horas, seguido de fermentação alcoólica a 16ºC. Battonage durante 2 meses.

Cor-> Cor palha claro.
Nariz-> Pouco complexo, a surgirem aromas citricos, com boas notas vegetais que lhe conferem uma atracção gulosa. Depois com mais concentração aparece feno e palha seca. Boas notas minerais a dar-lhe um ar cristalino e pleno.

Boca -> Muita e excelente acidez, a fugir um pouco para o avinagrado devido a estar muito tempo em garrafa, também já teve com certeza o seu tempo de abertura. No entanto a acidez confere-lhe um suavidade e requinte essenciais, a terminar com um belo final.Um belo varietal desta quinta, irei procurar uma garrafa recente para tirar as duvidas.
Nota pessoal -> 15,5 valores

Quinta do Infantado Dona Margarida Reserva

Este Vinho do Porto foi produzido em homenagem a D. Margarida, que com inteligência, firmeza de caracter, e a par de ambas com um coração generoso foi capaz de espalhar o bem em Covas do Douro e nas terras a que estava ligada por laços de sangue ou amizade. Então este vinho foi uma maneira de honrar essa mesma generosidade, esta terá sido a razão para a produção e origem deste belo vinho.
Envelheceu 7 anos em barricas de carvalho de 550 litros, apresenta 19,5% de alcool.
Côr-> Alaranjada, brilhante e límpida com centro opaco avermelhado.




Nariz -> Aromas bastante melados, caramelo torrado talvez já derretido,mel e bastante resina. Nota-se algo húmido, tavez bosque húmido. Bastante quimico e notas florais a envolver o conjunto bastante harmonioso por sinal.Especiarias ressaltam bem a dar aquele picante agradavel, parecia melão apimentado bem madurinho. Baunilha a apresentar-se no meio destes muitos aromas, fruto do seu bem conseguido estágio em madeira de carvalho.
Quanto á fruta ela aparece no tipo de compota de pessego essencialmente, assim como frutos secos do tipo nozes e passas secas.

Boca -> Taninos explosivos mas bem maduros e tratados. Muita elegância na maneira como oliquido se agarra ás paredes da boca, a deixar uma frescura e novamente um melado muito saboroso.Final muito agradável e persistente, sem excessos de alcool. Novamente muita frescura. Bastante corpo e acidez q.b.
Nota pessoal -> 17 valores.


Quinta da D'Aguieira Chardonnay 2002

Do produtor Quinta da Aveleda, vinificado na região de Beiras com 100% de uvas Chardonay com Graduação alcoólica de cerca de 13%.
Processo de Vinificação-> das vinhas da Quinta da Aguieira, são trazidas para a Adega da propriedade as melhores uvas da casta Chardonnay. Após uma ligeira maceração pelicular, segue-se uma suave prensagem das uvas a baixa pressão e fermentação e estágio em barricas de carvalho francês com batonnage semanal. Após o estágio de cerca de 6 meses; o vinho é estabilizado e filtrado antes do seu engarrafamento.
Nariz -> apresenta um aspecto límpido e cor palha brilhante.
Vinho bastante frutado do tipo tropical, amanteigado e ligeiro vegetal, ligeiro toque de baunilha resultante da fermentação e estágio em barricas de carvalho.Bastante mineral com acidez bem presente mas nunca agressiva, pelo contrário a mostrar bastante frescura que resulta num vinho extremamente agradavel sem excesso algum, isto porque aqui a madeira tem uma excelente relação com as uvas chardonnay, porque são as uvas que melhor beneficiam do estáio em madeira de carvalho.
Boca -> Macio, elegante e com boa acidez, ou seja um vinho que não foge ás caracteristicas dos vinhos 100% Chardonnay. Final bastante elegante e prolongado.
No entanto devo dizer que provavelmente este vinho já teve melhores dias, o seu tempo de abertura provavelmente já devia ter passado pelo que neste momento não ganha nada com a espera em garrafa, ABRA-O JÁ...
Nota Pessoal -> 15,5/16

Monte Seis Reis Boa Memória Tinto 2003


Castas -> Aragonês, Castelão, , Trincadeira e Cabernet Sauvignon.

Processo -> Fermentou com controlo de temperatura e com maceração prolongado seguida de um ligeiro estágio em madeira.
Côr -> Rubi intensa com centro opaco, límpido.
Nariz -> Nos primeiros 15 minutos mostraram-se aromas intensos a fruta silvestre, ameixa e a caroço verde, ou seja mostrou-se agressivo na primeira meia hora.Passada a meia hora mostraram-se aromas francamente melhores e mais complexos, desde feno e palha seca, ligeira resina a despontar por trás da fruta silvestre que continuava a mostrar-se como que a segura-la no colo, assim como algum eucalipto mas muito discreto.
Boca -> Seco e ligeiramente adstrigente.Boa acidez mas com taninos ainda verdes a precisar de calmia, com final ligeiramente curto mas agradável. Ligeiramente encorpado.
Nota Pessoal -> 15,5 valores

Tinta Roriz


Origem:
Conhecida por Tinta Roriz nas regiões do Douro e do Dão.
É a casta Ibérica por excelência, uma das poucas castas que Portugal e Espanha possuem em comum. Tempranillo, Tinto Fino, Cencibel, Ull de Lebre, são alguns dos seus muitos nomes utilizados em Espanha. A teoria mais certa para o surgimento desta uva, é de que monges a teriam levado da França para Navarra e Rioja, na Espanha, vindo depois para Portugal, mais precisamente para o Douro.

Qualidades:
É uma uva de amadurecimento precoce (daí vem seu nome espanhol Tempranillo, palavra originária de Temprano). É rica em matéria corante, resultando em vinhos de muita cor, aromas diversos - frutas vermelhas como cereja e framboesa; negras, como ameixa; e ainda muita especiaria, boa acidez e, em geral, taninos macios.

Potencial:
É das castas onde a correlação negativa entre a quantidade e a qualidade mais se acentua quando se ultrapassam rendimentos elevados, acima das 8 a 10 ton/ha.
No entanto com produções moderadas, possibilita a produção de magníficos vinhos ,os quais são bem aromáticos, alcoólicos, carregados de cor e encorpados, embora com pouca acidez total.
Quando provenientes de uvas bem maduras são aptos a vinificação e estágio em madeira podendo atingir assim grande nobreza de carácter e longevidade.

Muxagat tinto 2002


Bem este vinho era muito especial e portanto tentei trata-lo da melhor maneira possivel, isto porque o foi a primeira garrafa de vinho que a minha namorada me ofereceu.Consumida ontem ao almoço, com a temperatura quase ideal, se calhar não fazia mal decanta-lo visto que passado meia-hora ainda estava aguerrido e muito "Duriense", pelo que foi ao jantar na segunda abertura que ele realmente melhor se mostrou, mais suave e perceptivel das suas qualidades aromaticas.
Zona de produção -> Douro Superior.
Castas-> Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão e Touriga Nacional.Graduação -> 12,5%
Côr -> Granada sólida, com ligeiro centro opaco e anel com tons rubi.


Nariz -> Bastante fruta madura do tipo pessego, fruta silvestre, boas notas florais a ajudar ao conjunto e a envolver de forma graciosa o conjunto dos aromas, aquela doçura subtil que aparece nos vinhos do Douro a amaciar as notas mais agrestes destes vinhos.
O mineral também aqui presente mas bastante discreto, as notas vegetais são perceptiveis mas não consegui apanhar qual o tipo de vegetal presente. Um conjunto bastante harmonioso, e equilibrado.

Boca -> Não tão elegante como no nariz, mas bastante suave, apesar de que os taninos estão bem presentes, ou seja, não estamos perante um vinho chato, boa acidez, a deixar uma ligeira adstrigencia e um final moderado. Encorpado.

Nota pessoal -> 16 valores

Vinho Ribeira de Galegos

Este vinho foi-me aconselhado numa garrafeira pela dona, que me pareceu conhecedora dos vinhos. Era um vinho barato e então decidi experimentá-lo.
O seu rótulo não apresenta grandes indicações, que castas foram utilizados, se estagiou ou não, etc..Apresenta 14% de grau de alcool, foi concebido no douro superior, mais concretamente em S. João da Pesqueira.
Côr -> rubi bastante intensa, limpido.

Nariz -> Vinho bastante marcado pelo vegetal, mosto da uva bastante fresco a parecer que este vinho saltou directamente do lagar para a garrafa, bastante couro de animal, pelo, muito caracteristico dos vinhos alentejanos, encorpado,carnudo.Muito original este vinho, é bom encontrar assim vinhos que primam pela diferença independentemente de serem bons ou fracos...

Na boca é suave da a sensação de o puder trincar, taninos muito suaves, acidez média, aveludado e redondo, bastante elegante na boca e com um final moderado.
Viticultor -> António Aguiar

Nota pessoal -> 16
Dei uma nota assim não sei se por ser original ou mesmo bom...Vou já comprar outra.
Preço -> Pouco mais de 2 euros...parece um daqueles vinhos de garagem, á espera de serem descobertas, ou simplesmente um especiemen Alentejano em terras Durienses.

Vinho do Porto 10 Anos Tinto Douro Quinta Castelinho


A Castelinho Vinhos SA situa-se no Péso da Régua, em Vila Real.

Este vinho elaborado a partir das castas tradicionais da região, e cuidadosamente seleccionadas para que aguentassem bem o envelhecimento durante cerca de 10 anos, e para que posa evoluir positivamente, mas não durante muito tempo em garrafa, porque praticamente só os vintages podem evoluir durante bastante tempo em garrafa..
Côr -> O vinho apresenta uma cor de tijolo, límpido e brilhante. Castanha, sem centro opaco ou anel, significando provavelmente que este vinho está pronto a ser consumido e que o mesmo não irá envelhecer mais, pelo menos positivamente, indicando que se trata de um vinho velho e com estágio em barricas.
Aromas -> exclusivamente a frutos secos, tais como passas de figos, nozes, um forte amentolado, baunilha, talvez bolhachas de baunilha, flores do campo principalmente aquelas que dão o nectar as abelhas, um pouco de alcatrão mas bastante discreto e resina, a madeira muito bem integrada a não deixar que qualquer aroma se manifeste acima de outros.
Boca -> Vivacidade, um vinho aveludado, macio taninos completamente domados, guloso mas não em demasia, visto também se tratar de um Tawny. Final prolongado e fresco cheio de alegria, em que parece que não queremos acordar...e a querer encher o copo outra vez..
Bouquet -> isto é o aroma que fica após termos acalmado o copo durante algum tempo após termos abanado com o mesmo, no fim restam aromas caracteristicos apenas de vinhos que tiveram estágio.Aromas amentolados mais uma vez a encher-nos o nariz de frescura, baunilha e flores do campo.
Preço -> 8,95 no continente, após o desconto do mesmo valor no cartão, ou seja paguei 17,90, mas descontei metade para o cartão.

Nota pessoal -> 17 valores
Excelente este vinho do porto...mais um para esta quinta que muito admiro nos vinhos do porto.

Vindimas no Douro!!!


Desde queria explicar a razão pelo qual já não escrevo há algum tempo no Blog...E a razão foram as vindimas no douro e posterior recuperação...
É verdade fui vindimar para o Douro mas exactamente na Quinta de Vargellas em S. João da Pesqueira...a joia da coroa da Taylor's...deixem-me explicar porquê!!
Porque desta quinta sai provavelmente dos melhores vinhos do porto da região e do grupo da Taylor's, que engloba a Fonseca, Croft, entre outras...
Queria salientar o povo fantastico que trabalha naquela quinta, simplesmente fenomenais e profissionais...o caseiro daquela quinta o Sr. José Manuel Natário é uma pessoa fantastica e completamente profissional, os seus conhecimentos da vinha e do vinho são extraordinários e por vezes ultrapassam qualquer tipo de estudo que outros possam ter.

Acolheu-me de uma maneira excelente e muito simpática, isto porque não me conhecia de lado algum, lá para ele que estava um sujeito de Braga aqui a fazer???
O pessoal que lá encontrei foi 5 estrelas e tive pena de a minha estadia ter sido fugaz, apenas 3 dias...mas valeu a pena...conheci os processos pelo qual o vinho passa até chegar á garrafa, o que foi muito positivo!!!
Queria deixar o meu muito obrigado a todos os que fiquei a conhecer na quinta!!!A experiencia foi maravilhosa...

Espero um dia voltar a encontrá-los!!!!